Penso em como o encaixe de nossas mãos parece perfeito, e isso me faz sorrir. Seus olhos estão fixos nos meus, embora eu nem perceba de tão perdido que estou em pensamentos sobre nós... No passado, presente e futuro.
Começo a voltar para a realidade, como que acordando de um sonho, quando os sons das batidas do seu coração rompem o silêncio do momento. Essas batidas contagiam as minhas para a mesma freqüência de pulsação, enquanto seu braço em torno de mim esquenta e conforta meu corpo.
Quando nossos olhos se encontram, reparo em suas pupilas que estão dilatadas e lhe pergunto:
- Sabia que você me ama?
- Não sabia! Quem disse isso? – eu recebo, acompanhado de um sorriso irônico, essa resposta.
O silêncio volta por uma questão de minutos. Essas respostas com perguntas me provocam de um jeito que me agrada. Esses sorrisos irônicos me deliciam.
- Seus olhos – eu respondo.
- Droga! Minhas pupilas me entregaram, não é!? – a resposta veio com um leve rubor de faces.
E novamente o silêncio volta para a nossa companhia. Vejo uma folha alaranjada se desprender de uma das árvores e indo numa lenta e graciosa dança rumo ao chão.
- Estamos no outono – eu comento distraído – Nem percebi todos esses meses que passamos juntos.
- É que ao lado de quem se ama o tempo deixa de ter importância.
E essa resposta veio acompanhada de um beijo.
Muuuuuuuuuuuito lindo !
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